Recebi essa pergunta de um paciente que acompanhei durante o infarto e achei muito importante compartilhar com mais pessoas. Como cardiologista, uma das minhas principais preocupações é educar e prevenir condições cardíacas, especialmente em pacientes que já enfrentaram um infarto do miocárdio.
Pacientes que já sofreram um infarto têm um risco significativamente maior de passar por novos episódios. O dano ao músculo cardíaco pode enfraquecer o coração, dificultando o bombeamento eficaz do sangue e aumentando o risco de formação de coágulos. Ainda mais importante: as condições que contribuíram para o primeiro infarto, como hipertensão, colesterol alto ou diabetes, se não forem adequadamente geridas, podem levar a mais episódios cardíacos.
Mudança no estilo de vida
É comum que quando a pessoa se recupere do infarto, ela passa um período muito regrada, seguindo todas as recomendações de alimentação equilibrada, uso regular da medicação, controle do estresse, prática de atividade física. Mas, com o tempo, passado o susto do episódio, o paciente começa ‘’afrouxar as rédeas’’ e voltar aos velhos hábitos que contribuíram para o infarto. É aí que mora o perigo.
“Se a hipertensão ou o diabetes não forem controlados, se o tabagismo não for interrompido, e se não houver melhorias nos hábitos alimentares e de atividade física, a doença poderá continuar progredindo. Embora o tratamento reduza significativamente os riscos e melhore a qualidade de vida, ele não elimina completamente os riscos de um novo infarto.”
Consulta com cardiologista
Manter as consultas regulares com um cardiologista são essenciais para monitorar a saúde do coração, ajustar tratamentos e discutir quaisquer novos sintomas. Essas consultas também servem para reforçar a importância da adesão ao tratamento e das mudanças no estilo de vida.