A saúde cardiovascular no climatério e na menopausa é um assunto que deve ser conversado. Conheça a história de Dona Irene e como a chegada da menopausa impactou na sua saúde do seu coração
Dona Irene, 54 anos, sempre foi uma mulher batalhadora. Entre cuidar da casa e dos 2 netos, ela acabava esquecendo de si mesma. Com a correria do dia a dia, acabou ganhando um pouco de peso. Além disso, ela é hipertensa e o hábito de fumar um cigarrinho estavam afetando sua saúde.
Com a chegada da menopausa, Dona Irene começou a sentir que algo estava diferente. Além dos calores e das noites mal dormidas, seu coração parecia mais pesado. Preocupada, ela me procurou. “Doutor, estou sentindo uma mudança no meu corpo e não sei o que fazer”. Expliquei que, na perimenopausa, o corpo passa por diversas mudanças.
A redução do HDL, o colesterol “bom”, e o aumento de uma substância chamada Lp(a) podem aumentar o risco de problemas no coração, como aterosclerose, AVC, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, entre outras.
Ela ficou preocupada ao saber que a menopausa não só aumenta as chances de desenvolver doenças cardíacas, mas também pode piorar a situação para quem já tem algum problema. “Mulheres hipertensas, como você, têm maior risco de complicações, e é preciso estar atenta”.
Além disso, o sedentarismo e o tabagismo não eram aliados. O sedentarismo pode agravar os problemas cardíacos e ainda aumentar o risco de fraturas, enquanto fumar pode antecipar a menopausa e trazer outras complicações.
D. Irene me fez uma pergunta bem interessante “E agora, doutor, como mudar de hábitos depois dos 50 anos?”. Não existe idade certa para mudar a sua rotina. Antes tarde do que nunca.
Se você se identificou com essa história, faça uma avaliação com um cardiologista de confiança.