Essa é uma dúvida muito comum entre as pacientes por volta dos 45-50 anos, que começam a se preparar para a menopausa.
Alguns sintomas que merecem sua atenção de que a menopausa está chegando são: calores intensos e repentinos, insônia, suores noturnos, ressecamento vaginal, perda da libido, irritabilidade.
Quando há uma redução (ou parada) na produção dos hormônios sexuais femininos pelo ovário, inicia-se a fase da menopausa. Com essa queda na produção dos hormônios, que são fatores protetores de doenças cardiovasculares, aumenta o risco de males no coração, como o infarto.
Como atenuar o risco do infarto na menopausa?
O lógico seria pensarmos que repor os hormônios sexuais provocaria um alívio neste risco, correto? Pois não é bem assim!
O que de fato melhora o risco é manter o estilo de vida saudável. O controle do peso corporal, não ter um comportamento sedentário, não fumar, controle da diabetes e pressão alta, são fatores que diminuem o risco do infarto que vai além da queda hormonal.
Outra particularidade deste momento, as mulheres demoram para buscar ajuda médica quando estão com doença cardíaca porque subestimam os sintomas e não acreditam que podem infartar, mas esse mito deve ser descontruído, acima dos 45 anos.
Aumento do número de infarto em mulheres
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardíacas respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil por dia. As doenças cardiovasculares no sexo feminino já ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero.
Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as doenças do coração chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.
O aumento da prevalência do infarto em mulheres está aumentando, por conta da dupla ou até tripla jornada diária. Então, reforço meu conselho para as mulheres, cuidem do coração. Recomendo que a visita ao cardiologista seja anual, a partir da menopausa.